Nada à frente... Apenas a neblina fria velando vagos faróis turvos e árvores úmidas às vezes vindo.
Meço o tempo pelas luzes e rasgo o asfalto subestimando meus limites. Meu destino está lá, em algum lugar... Tão distante após a curva...
O vidro embaça,
a visão diminui...
Alguém me chama!
Acordo logo sem saber de que lado estou...
Eis a hora de encarar a cidade cinza que nunca dorme,
embora sempre sonhe.
Considero sim a possibilidade da existência do espírito,
embora nenhuma prova evoque convicção suficiente num absoluto cujas regras incendeiem o desejo de tranquilidade em minha consciência.
Mas acelero... Para o destino chegar mais rápido,
embora os caminhos sejam sempre na neblina do meu próprio vazio.