sábado, 29 de outubro de 2011


Certamente que até semana passada grande parte do mundo nunca ouvira falar do Sr. S. Jobs. 

Um dos mitos mais conhecidos da humanidade trata de jardim do Éden, onde os primeiros humanos criados por Deus, a sua imagem e semelhança, viviam imortais, ociosos e aparentemente felizes. Isso foi até que eles resolveram comer os frutos (o mito fala em maças) da árvore do conhecimento do bem e do mal, da qual Deus havia alertado que eles não deveriam comer, ou conheceriam a morte. E o resto todos já sabem: Deus ficou furiosoos expulsou do Éden apenas com alguns trapos feitos de couro de animais, pois que agora um se envergonhava da nudez do outro. E Adão e Eva povoaram o mundo, muito embora o pecado de Eva tenha nos amaldiçoado por muitos e muito anos, até que Jesus veio pagá-lo para nós.

É conveniente saber discernir o conteúdo metafórico dessa passagem, embora ainda, já no século XXI, há quem a defenda com unhas pela dentes sua interpretação literal.

Voltando ao Sr. Jobs, prossigo relembrando a primeira vez que vi a logomarca da Apple. Achei magnífica a sensualidade implícita de tão antiga simbologia agora então usada para marcar seus produtos.

Quando fui professor de ensino médio e pré-vestibular há alguns anos, comecei perceber uma certa movimentação no inconsciente coletivo daquelas 6 gerações com que trabalhei que me preocupava.

Na minha época de ensino fundamental e médio, o alunos menos dedicados ao estudo jogavam bola, empinavam pipas, conheciam as primeiras namoradas no catecismo e a enérgica influência da sexualidade mais ou menos na época da crisma. Alguns raros tinham vídeo-game, porque este era muito caro. Computador então era no máximo o quase inatingível 386. Quem se lembra...

Entretanto, as gerações às quais lecionei biologia já fervilhavam no fenômeno da internet. Tudo era pesquisa na internet! Símbolo da modernidade e tudo mais.

O que me preocupava era esse mundo de entretenimento virtual que começava a desvirtuar o processo educacional. O bom e velho quadro negro, bem como as piadinhas dos professores arcaicos, se tornaram ainda mais sem graça do que nunca.

Observei que a febre dos computadores se devia aos entretenimentos gerados pela web. Sendo uma premissa verdadeira, concluí que se o sistema de ensino, bem como as instituições educacionais, se não se tornassem divertidas para os alunos, atraindo a atenção deles para a escola, em pouco tempo haveria um colapso intelectual generalizado, onde as pessoas se tornariam dependentes das redes sociais e dos modelos sociológicos virtuais...  - Será????


Que fique claro que o senhor S. Jobs desenvolveu uma nova realidade da interface homem maquina. 


Devemos entender que esta nova possibilidade contemporânea representada pelo fruto do bem ou mal reidealizado mitologicamente por Jobs possa orientar as novas gerações na utilizacao consciente do progresso.


Sem mais. 


Fabricio da Ferradura `.' .