segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um pouco de sinceridade...

Não é que corro demais... É que fico com medo das sombras que me perseguem.

 Não é que não sou capaz de amar... É que não me convém desaprender a estar sozinho.

Não é que fiquei desiludido... É que aprendi que as pessoas podem simplesmente ser como são (ou não).

Não é que nego o tempo... É que o tic-tac do relógio me deixa muito ansioso.

Não é que sou temperamental... É que sempre existe uma maneira correta de acertar ou errar.

Não é que não tenho uma religião... É que não consigo raciocinar muito bem através dela.

Não é que não acredito em nada... É que vivo melhor com as coisas que fazem sentido.

Não é que trabalho muito... É que gosto bastante daquilo que faço (não que isso seja sempre verdade).

Não é que tenho poucos amigos... É que bichos de estimação dão trabalho demais.

Não é que sou orgulhoso... É que pelo menos um pouco de amor-próprio ainda me pertence.

Não é que como ou bebo demais... É que sou de Minas Gerais.

Não é que a ira me entorpece... É que não aguento nem falsidade e nem inadimplência.

Não é que invejo as coisas boas dos outros... É que isso me incentiva a também querer ter coisas boas.

Não é que sou avarento... É que a carga tributária do governo é muito alta.

Não é que sou preguiçoso... É que meu lar é bastante confortável.

Não é questão de luxo... É que o prazer faz bem.

Não é só questão de querer... É que também depende se posso e se devo.

Não é questão de poder... É que às vezes não quero ou não devo.

Não é só questão de dever... É que muitas vezes podendo, apenas não quero.

Simples assim... Por que complicar?