terça-feira, 8 de junho de 2010

Intuição...

Assustei quando percebi que não conseguia mais lembrar dos detalhes dos seus traços... Não mais que apenas vagamente do brilho de seu sorriso marfin e do hálito de aroma adocicado que se difundia em nossa atmosfera particular ...
Mas foi necessário sumir, seguir sozinho e reaprender a conjugar os verbos diante de tudo ter se tornado passado, e diante daquilo que seria o futuro ser então apenas uma sombra de memória neste nostálgico presente.
A atração se tornou repulsiva, e as palavras secas não mais palatáveis aos ouvidos; os olhos se fizeram cegos e a serenidade se escondeu nas microscópicas ondas de impacto das lágrimas ao se esparramarem pelo chão.
Sua sobriedade, adornada dos mais bem vestidos preconceitos, sufocou por demais e fez-me odiar aquilo que mais achei que queria.
Ah, se pudesse esmagar com um murro essa sua cara inocente metida a inteligente... Ainda bem que dela quase não lembro mais.