sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Saudade de mim

Não está tão ruim como poderia estar, mas nunca está bom. Vida gasta e suada vivendo de brisas, momentos supérfluos... Desentendimentos entre corpo e mente, estímulos e desacatos ao próprio eu. 
Estive em tantos lugares, conheci e senti tantas pessoas... E apenas me sobrou eu mesmo, remendado e com diversas emendas limitantes do meu agir e do meu pensar. 
Às vezes apelo à Deus, às vezes perco a fé... Pois a esperança vindo desse vazio de onde gritamos por socorro pode ser um terrível mal oxidante e asfixiante, do fundo da caixa de pandora.
Não sei mais o que dói ou onde dói, nem de quantos mais comprimidos necessito para descomprimir minhas angústias. Não há mais diagnósticos. Não há remédios. Há apenas a tristeza, e é dela que extraio a força pra me levantar, e às vezes algum sorriso de deboche dessa vida insana, insossa. Sonhos... Melhor os evitar, não há mais em minha face mais ossos a quebrar. 
Hoje e em vários dias de ontem foi assim... Perdido em meus labirintos... Morrendo, de saudade de mim.