Não foi confeccionada em bronze...
Apenas revelada digitalmente em preto e branco.
O quê?
Uma antiga fotografia minha...
Mostrando alguém que não existe mais,
trajado numa moda obsoleta mista
de alegria e resignação.
Vi ali, naquele momento impresso,
um epitáfio rasgado pela
elegia de um sorriso forçoso e falsificado.
Que máscara, essa?
Por que sorrir na hora do registro se isso não equivale
à minha percepção gotejada pelo tempo cujo
veneno aprofunda essas marcas
de meu rosto cansado e sollitário?
Mas um cadáver digno de máscara mortuária nunca poderia vê-la...
Eis a controvérsia. Eu vi.
Vi a sua também.