E a água levou...
As obras do escultor,
as tintas do pintor
as paredes do construtor
E a vida do morador.
O cãozinho se afogou,
o fogo se molhou e
O homem se sufocou pois a terra
o soterrou.
Todo país se calou e chorou.
Nosso céu, teto do Arquiteto,
Desabou sobre almas inquietas,
incertas sobre o amanhã.
Alguns choraram as perdas,
mas os que a vida perderam não choram.
Tantos palmos de terra encobrindo tantas vidas
num pesadelo meteorológico de verão.
Como não revoltar?
O bem é bem,
Mas se o mal também o é...
Como assim?