sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Casa do delírio...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
O Sonho Químico
Para quem admira a estética da automação e vibra feliz com o ladrar dos motores, ir ao autódromo é uma boa opção de entretenimento.
As corridas e os jogos são grandes vitrines sinestésicas, em que os espectadores interagem física e psicologicamente com os uniformes das equipes e seus ícones.
Nesses uniformes, marcas de bebidas e remédios convivem harmoniosamente.
O que não me caiu muito bem foi o pastel com a cerveja da marca patrocinadora.
Fui à farmácia e achei caro o remédio prescrito por mim mesmo. O farmacêutico, que ganha comissão na venda de similares, propôs um outro remédio, que por coincidência era do laboratório patrocinador da equipe vencedora da corrida a que assisti.
Entendo que no conteúdo do frasco não exista nem matéria-prima, nem custo operacional de produção e nem impostos suficientes pra justificar o alto custo.
Mas então pelo que paguei, se não o efeito desejado? Mas e os efeitos colaterais? Não deveriam ser argumentos fortes à redução dos custos?
O efeito do consumo da bebida compensa a potencial dor de cabeça subseqüente?
Quantas pessoas estão vivendo o “sonho químico” em seus comprimidos para dormir e acordar?
Quais os parâmetros de lícito e ilícito?
Meu cunhado, propagandista de uma indústria farmacêutica, é fascinado pelos motores. Liguei para ele durante a corrida do meu celular, cuja operadora tem um plano que só pago o primeiro minuto, e deixei o celular ligado à vontade para passar vontade nele.
Antes, nas telecomunicações, tudo era caro. Hoje eles dão os aparelhos e a telefonia móvel é mais barata que a fixa. Inclusive e equipe da segunda colocação era patrocinada pela mesma operadora do meu celular.
Ficou um zumbido no meu ouvido por dois dias. Só consegui dormir por causa dos remédios, que tenho percebido não mais fazerem o mesmo efeito do início.
Na época das guerras, quando não havia antibióticos, o que restava era amputar. Hoje as amputações estão voltando à moda, porque antibióticos de alto espectro não fazem mais efeito.
Então pelo que estamos pagando, senão a beleza das corridas com seus carros...? Sem contar o ingresso, o estacionamento, a cerveja, o pastel, o remédio...
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Etiqueta
" Pequeno rótulo que se aplica a um objeto para indicar-lhe o preço, o conteúdo etc. / Fig. Cerimonial usado nas cortes, nas residências dos chefes de Estado etc. / Formas cerimoniosas usadas entre particulares: observar a etiqueta." - Dicionário Aurélio
- Pequeno rótulo que presta ciência moral do conteúdo de um objeto contido numa pessoa ou pessoa contida num objeto.
- Cerimonial que normatiza a moral, "bons costumes", antigamente nas cortes, atualmente na internet.
- Forma cerimoniosa de moral ou imoralidade entre particulares em situações públicas, porque estão observando as suas etiquetas e sua etiqueta.